MRS vai contratar empréstimo de US$ 50 mihões (dólares).



A MRS Logística, com sede em Juiz de Fora (Zona da Mata), pretende contratar um empréstimo de até US$ 50 milhões do Banco Mufg Brasil, subsidiária brasileira do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, maior instituição financeira do Japão. Os recursos serão usados para alongar o perfil de endividamento da companhia.

As informações constam na Ata da Reunião do Conselho de Administração da companhia, realizada no dia 31 de julho e comunicada ontem, na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). De acordo com o documento, a operação foi autorizada, por unanimidade, pelos conselheiros da MRS.

Ainda conforme o documento divulgado, o prazo final de vencimento do empréstimo será em até cinco anos, contados a partir da data de contratação, que não terá realização de garantia. O objetivo da transação é de alongar o perfil de endividamento da companhia.

A MRS deve divulgar o balanço financeiro do segundo trimestre e primeiro semestre nos próximos dias, mas, de acordo com o resultado do primeiro trimestre deste ano, a companhia encerrou o período com dívida bruta em R$ 2,5 bilhões, resultado 5,1% inferior ao registrado nos mesmos meses de 2017. A MRS explicou que a queda ocorreu devido a amortizações ao longo do período, que superaram o volume de captações.

A companhia encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 88,4 milhões, com um crescimento de 15,3% em relação aos mesmos meses de 2017, quando o resultado somou R$ 76,7 milhões. O volume de carga geral transportada no período cresceu 13,5%, na mesma comparação, consolidando o melhor resultado para um primeiro trimestre da companhia.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa no primeiro trimestre chegou a R$ 330,9 milhões, 5,6% superior ao do mesmo intervalo do ano passado (R$ 313,2 milhões). A margem Ebitda do período foi de 40,3% 1,1 ponto percentual acima, em igual base comparativa.

Conforme já divulgado, a MRS vem ampliando o transporte de cargas gerais, em especial de contêineres desde 2013. Há três anos, estes tipos de cargas representavam cerca de 25% de tudo que era transportado pela concessionária e, hoje, já respondem por 30% do total. Nos últimos quatro anos, o crescimento do segmento foi de 14% ao ano. E, de 2013 a 2017, o transporte de contêineres aumentou 64%.

As cargas gerais são, basicamente, tudo que não é minério, carvão ou coque. São produtos agrícolas, siderúrgicos, cimento, areia, outros insumos para a construção e contêineres, que por sua vez, comportam vários tipos de mercadorias.

Fonte: Abifer