Salário mínimo será reajustado de 1039 reais para 1045 reais.



Valor anterior, anunciado no dia 31 de dezembro, considerou uma taxa menor de inflação no cálculo do reajuste.

O governo Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira 14, que irá reajustar o valor do salário mínimo de 1.039 reais para 1.045 reais. Já se especulava que a conta fosse refeita devido a um cálculo que considerou uma inflação mais baixa do que a recentemente divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2019, o valor era de 998 reais.

A decisão foi tomada após uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta terça-feira. O novo valor entra em vigor a partir de fevereiro. Por conta disso, o governo deverá editar uma nova Medida Provisória (MP) para encaminhar ao Congresso, que deve aprovar a proposta em até 60 dias.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2019 com alta de 4,48%, de acordo com os dados divulgados na semana passada. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.

“Acho que tem brecha para a gente atender [o reajuste]. A inflação de dezembro foi atípica [com] pico por causa do preço da carne. A ideia é [repor] a inflação, o mínimo, né?! Agora, cada um real [de reajuste] aumenta mais ou menos R$ 300 milhões no orçamento. A barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, mas tem que recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira.


INSS e reformas
O governo pretende ainda anunciar nesta semana medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com Bolsonaro, uma dessas medidas deve ser a contratação de servidores ou militares da reserva.

“A gente pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, explicou o presidente.

Sobre as reformas tributária e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Legislativo.

“A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma [da Previdência] pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldades se apresentarmos boas propostas”, disse.

Fonte: Carta Capital