RUMO e CARAMURU têm seus contratos prorrogados até 2050 no Porto de Santos.



A Rumo e a Caramuru assinaram na terça-feira a prorrogação antecipada do Terminal XXXIX, no porto de Santos, que vencia em 2025. O terminal tinha direito contratual a mais 25 anos, com isso o prazo do arrendamento vai até 2050. Em troca, as empresas se comprometeram a investir R$ 230 milhões na ampliação da capacidade de movimentação e modernização do empreendimento. A prorrogaçaõ do contrato foi publicada no "Diário Oficial da União" (DOU) desta quarta-feira.

O Terminal XXXIX fica no bairro da Ponta da Praia, no chamado corredor de exportação do cais santista, e movimenta grãos e farelos. Cada empresa detém 50% do negócio, mas quem opera a instalação é a Caramuru.

A partir de agora o terminal tem um ano para entregar ao governo o projeto executivo da obra. Em entrevista ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o diretor de relações institucionais e regulação da Rumo, Guilherme Penin, afirmou que as obras devem ficar prontas em no máximo três anos.

Os desembolsos serão feitos em três pilares: expedição, armazenagem e recepção. A oferta de movimentação do terminal quase dobrará de atuais 3 milhões para 5,7 milhões de toneladas por ano.

Entre as principais obras estão investimento em um equipamento para carregamento de navio no berço de atracação 37 e uma correia transportadora que ligará o armazém ao cais com capacidade para 2.500 toneladas por hora.

A capacidade de recepção rodoferroviária da instalação aumentará de 1.500 para 2.000 toneladas por hora. E a armazenagem será ampliada com três silos para grãos agrícolas — hoje não existe nenhum no terminal - com oferta estática para 20 mil toneladas cada um, capazes de receber 2.000 toneladas por hora cada. A armazenagem aumentará em 52 mil toneladas de capacidade estática.

O arrendatário se compromete ainda a investir R$ 97 milhões para atualizar ou substituir bens que integram o arrendamento, como modernização, manutenção e atualização.

Um item do aditivo é uma cláusula de investimento futuro, pela qual o terminal terá de aportar outros R$ 92 milhões no ano de 2038 para levar o contrato até 2050. Se isso não for feito, o contrato se encerra em 2042.

Fonte: Revista Ferroviária