Projeto do Trem Intercidades tem prazo para o ano de 2027 e pode atender cerca de 60 mil pessoas.
Postado em: 05-07-2021 por:cptmcampinas | Visitas: 1.295 | Comentários:1
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A nova linha ferroviária ligará São Paulo a Campinas em 75 minutos, passando por Jundiaí e oferecendo conforto com preços compatíveis aos ônibus.
O governo do estado de São Paulo está nos preparativos finais de apresentar o projeto do Trem Intercidades (TIC) entre São Paulo, Jundiaí e Campinas. A nova linha atenderá cerca de 60 mil pessoas por dia, fará o trajeto entre Campinas e São Paulo em 75 minutos e terá preço competitivo com os ônibus intermunicipais, além de oferecer atrativos para maior conforto dos passageiros.
O secretário executivo dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, fez uma projeção de quando o serviço poderá ser iniciado. Segundo ele, é possível que isso ocorra quatro anos após o início da implantação, estimada para ocorrer a partir de 2023. Ou seja, 2027.
“Faremos uma audiência pública em breve, provavelmente na primeira semana de agosto para apresentar o projeto à população e às empresas interessadas em investir. Depois disso, temos de 70 a 90 dias para responder e acrescentar no projeto as sugestões que considerarmos vantajosas”, comenta Galli.
A previsão é que pelo menos 60 mil passageiros por dia utilizarão o TIC São Paulo-Campinas, para uma população que beira os 27 milhões de pessoas considerando as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, além do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ).
Segundo as explanações do secretário executivo, o projeto teve que ser readequado dentro das limitações financeiras e do cenário atual que estamos enfrentando.
O projeto buscou compatibilizar o menor investimento dentro da maior eficiência possível. Originalmente o custo do projeto do TIC era orçado em US$ 5 bilhões, o que seria equivalente a R$ 25,5 bilhões. “Esse valor, no entanto, ainda é bastante abstrato visto que o projeto passará por diversas modificações”, pontua.
As obras do TIC serão contratadas pela iniciativa privada. O projeto é complexo e necessitará de vultosos investimentos que serão compartilhados entre o governo do estado e a futura concessionária. Uma questão imprescindível, que foi questionada pelo vereador Paulo Gaspar, de Campinas, foi sobre a matriz energética que será utilizada nos novos trens.
Paulo Galli prevê que o contrato com a iniciativa privada para o início das obras seja assinado em junho de 2022, com prazo de quatro anos para a entrega de pelo menos alguns serviços mais essenciais.
Adesão
O secretário afirma que o projeto do Trem Intercidades teve adesão de todas as prefeituras envolvidas e é visto com ótimos olhos pelas gestões municipais. “Estive com o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) e com o gestor José Antonio Parimoschi pela primeira vez em 2019 e temos mantido contato desde então. Diálogos com as prefeituras são fundamentais, principalmente para tratar dos impactos e interferências da linha rodoviária em cada município”, argumenta Galli.
“Os investimentos proporcionarão à cidade crescimento, desenvolvimento e atração de mais empresas, o que impactará diretamente na geração de emprego e renda para a população. O transporte ferroviário agrega inúmeros benefícios a toda a região”, comentou o prefeito Luiz Fernando Machado.
Uma das principais preocupações do governo estadual é criar atrativos para a utilização do TIC em detrimento dos transportes individuais e até dos ônibus intermunicipais. “Haverá uma tarifa máxima, equivalente ao um ônibus, mas com a liberdade de se praticar taxas menores, promoções, compras a longo prazo, pacotes de passagens etc. A capacidade do trem será de 500 passageiros sentados, com ar condicionado e wi-fi para dar maior conforto aos usuários”, finaliza Galli.
Linha 7 – Rubi
Além desses trens, a concessionária deverá adquirir outras oito composições para o serviço Intermetropolitano (TIM) entre Francisco Morato e Campinas. Não está claro ainda quais serão as características desses trens, mas devem ficar próximos às séries que hoje operam na CPTM.
A futura operadora privada também ficará incumbida de construir a nova estação de Água Branca, que unirá as linhas 7 e 8 com a Linha 6-Laranja do Metrô.
Cargas
Entre as obrigações contratuais da futura operadora do das obras do TIC e da Linha 7 estão a construção de 150 km de novas vias energizadas e sinalizadas, revitalização e reconstrução de outros 50 km para a via de carga entre Campinas e Jundiaí, construção de novas estações (Lapa e Água Branca), reconstrução das antigas estações de Vinhedo e Valinhos além de reforma de Louveira, Jundiaí e Barra Funda, neste caso para adequá-la a receber o TIC.
Fonte: ABIFER